Coleta Seletiva JÁ!



Um dos maiores desafios do século XXI é reduzir os milhões de toneladas de lixo que nossa civilização produz diariamente. Existe um consenso de que a geração excessiva de resíduos sólidos afeta a sustentabilidade urbana e que a sua redução depende de mudanças nos padrões de produção e consumo da sociedade. A extração dos recursos naturais para a produção dos bens de consumo encontra-se acima da capacidade de suporte do planeta, a produção crescente de resíduos sólidos causa impactos no ambiente e na saúde, e o uso sustentável dos recursos naturais ainda é uma meta distante.

A ênfase na questão da redução do consumo supérfluo e do importante papel do cidadão enquanto agente dessa mudança adquiriu centralidade no âmbito das políticas ambientais da década de 1990, e se agregou aos já presentes temas do aumento populacional e do modelo produtivo e seus impactos. 

Essa questão transcendeu as políticas ambientais para a dimensão de políticas de sustentabilidade, e o
foco do problema passa a ser como (os padrões) e quanto (os níveis) se usam os recursos naturais, tornando-se uma questão de acesso, distribuição e justiça

Considera-se que a degradação ambiental ocasionada pelo padrão de consumo e práticas insustentáveis promove lógicas destrutivas que afetam a população e a sustentabilidade do planeta, e o desafio é reverter situações de risco que a própria sociedade produz, modificando suas práticas

No século XX, apenas 5 em cada cem habitantes do mundo, moravam em cidades, hoje são mais de 70 a cada cem habitantes.

No Brasil, 81,2 por cento da população vive em cidades.

O modo de vida urbano produz uma diversidade cada vez maior de produtos e de resíduos que exigem sistemas de coleta e tratamento diferenciados após o seu uso e uma destinação ambientalmente segura. No manejo dos resíduos sólidos, desde a geração até a disposição final existem fatores de risco à saúde para as populações expostas.

Constata-se um crescimento da produção do lixo que tem prevalecido, não só no Brasil, mas em todos os países. Esse crescimento está diretamente relacionado ao Produto Interno Bruto – ou seja, países mais ricos produzem mais lixo – e ao porte das cidades.

No Brasil, indicadores mostram que entre 1992 e 2000 a população cresceu em 16 por cento, enquanto a geração de resíduos sólidos domiciliares cresceu em 49 por cento, ou seja, um índice três vezes maior.

A situação é agravada pelo fato de que a maior parte desses resíduos são dispostos inadequadamente em lixões a céu aberto e em aterros que atendem parcialmente às normas de engenharia sanitária e ambiental. A disposição inadequada do lixo causa a poluição do ar, da água e do solo, além de impactos sociais e de saúde na população e nos catadores, em especial.

A coleta seletiva consiste na separação de materiais recicláveis, como plásticos, vidros, papéis, metais e outros, nas várias fontes geradoras – residências, empresas, escolas, comércio, indústrias, unidades de saúde –, tendo em vista a coleta e o encaminhamento para a reciclagem. Esses materiais representam cerca de 30 por cento da composição do lixo domiciliar brasileiro, que na sua maior parte é composto por matéria orgânica.

A separação dos materiais recicláveis cumpre um papel estratégico na gestão integrada de resíduos sólidos sob vários aspectos:


  • estimula o hábito da separação do lixo na fonte geradora para o seu aproveitamento,
  • promove a educação ambiental voltada para a redução do consumo e do desperdício,
  • gera trabalho e renda e melhora a qualidade da matéria orgânica para a compostagem.

Entre as vantagens ambientais da coleta seletiva destacam-se:

  • a redução do uso de matéria-prima virgem e a economia dos recursos naturais renováveis e não renováveis;
  • a economia de energia no reprocessamento de materiais se comparada com a extração e produção a partir de matérias-primas virgens e da valorização das matérias-primas secundárias,
  • e a redução da disposição de lixo nos aterros sanitários e dos impactos ambientais decorrentes.


Os materiais recicláveis tornaram-se um bem disponível e o recurso não natural em mais rápido crescimento. 

Cabe também ressaltar a valorização econômica dos materiais recicláveis e seu potencial de geração de negócios, trabalho e renda. A coleta seletiva, além de contribuir significativamente para a sustentabilidade urbana, vem incorporando gradativamente um perfil de inclusão social e geração de renda para os setores mais carentes e excluídos do acesso aos mercados formais de trabalho.

Apenas 451 (8,2%) municípios brasileiros desenvolvem programas de coleta seletiva. ¹

A sua cidade está nestes 8,2%?

Florianópolis sim e traz algumas orientações para a separação para a coleta:






Florianópolis ainda mantém quatro ecopontos para entrega voluntária de resíduos sólidos. Dois na Ilha de Santa Catarina, no Centro de Valorização de Resíduos Sólidos (antigo CTReS), no Itacorubi, e no Morro das Pedras e dois na porção continental de Florianópolis. O mais antigo, no Monte Cristo e o ecoponto instalado temporariamente no Ticap, Terminal de Capoeiras.

Os resíduos devem ser colocados de forma separada no ecoponto para que a Comcap possa dar o destino final ambientalmente adequado a cada um dos materiais.



Ecoponto Itacorubi
(Rodovia Admar Gonzaga, 72)
Segunda a sábado, das 7h às 19h e domingos das 7h ao meio-dia
(48) 3261 4816

Ecoponto Capoeiras
(no Terminal de Capoeiras, Rua Professor Egídio Ferreira, s/n)
Todos os dias, das 7h às 19h
(48) 9624 8573

Ecoponto Monte Cristo
(Rua Joaquim Nabuco, 3000, ao lado da Aresp)
Segunda a sexta, das7h às 19h e sábados das 7h às 16h.
(48) 3240 2018

Ecoponto Morro das Pedras
(Rua Francisco Vieira, 198, em frente à Padaria Moreira)
Segunda a sexta, das 7h às 16h.
(48) 3338 4506

O que pode entregar no ecoponto sem pagar




O que não é recebido ou é cobrado no Ecoponto

  • REJEITO (lixo comum) | Entregar para a coleta convencional (comum) da Comcap 
  • RESÍDUO DE GESSO | Não é recebido no Ecoponto. É resíduo especial de responsabilidade do gerador.
  • RESÍDUO DE AMIANTO | Não é recebido no Ecoponto. É resíduo especial de responsabilidade do gerador.
  • PRODUTOS QUÍMICOS | Devolver à empresa onde foram adquiridos, conforme logística reversa prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos
  • RESÍDUOS DE SAÚDE | Entregar em farmácias e postos de saúde


Sugestão de encaminhamento:


Todas as lojas da Rede Sesi (www.papapilula.com.br) recebem medicamentos vencidos
No site www.descarteconsciente.com.br são indicadas as lojas da Panvel e DrogaRaia que recebem os resíduos
Os postos de saúde recebem resíduos do uso de medicamentos injetáveis
Profissionais como dentistas, acupunturistas, fisioterapeutas, tatuadores, clínicas e laboratórios devem contratar empresa privada para recolher os resíduos de saúde. (Dúvidas: Secretaria Municipal de Saúde, fone 3239 1500)


  • ANIMAIS MORTOS | Contratar serviços de funerária de animais, para que sejam depositados em valas sépticas. (Dúvidas: Centro de Controle de Zoonoses, fone 3237 6890)
  • LAMA DE FOSSAS | Contratar empresa limpa fossa. (Dúvidas: Vigilância Sanitária, fone 3251 7990)
  • LÂMPADAS, PILHAS E BATERIAS  Devolver à empresa onde foram adquiridas, conforme logística reversa prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos
  • ELETRÔNICOS (acima de três unidades) | Devolver à empresa onde foram adquiridos, conforme logística reversa prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos

Sugestão de encaminhamento:
Comitê para Democratização da Informática CDI – confira os pontos de coleta no site www.cdisc.org.br www.cdisc.org.br ou pelos fones 3222-1304 / 3240-0125.
Metarreciclagem - Reciclagem de Lixo Eletrônico (48) 9998-3389 e 8406-2839 metarreciclagem@yahoo.com.br Ingleses
CEREEL - Centro de Reciclagem de Eletroeletrônicos www.campechereciclaveis.com cereel@gmail.com (48) 3233-1457 com Clóvis Caires Rod. SC 405 - 1472 - A Campeche
Compuciclado Reciclagem e Assistência Técnica LTDA / CDI - Comitê para Democratização da Informatica - Desmanche e Descarte de Computadores/Assistência 3222-1304 / 3240-0125.


Fonte:
¹  RIBEIRO, Helena; RIZPAH BESEN, Gina. Panorama da coleta seletiva no Brasil: desafios e perspectivas a partir de três estudos de caso. InterfacEHS-Revista de Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade, v. 2, n. 4, 2011.
² PMF http://portal.pmf.sc.gov.br/servicos/?pagina=servpagina&id=260

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