Dia Mundial da Água



Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992 no Rio de Janeiro (Eco-92), a ONU promulgou a Declaração Universal dos Direitos da Água, e propôs 22 de março como Dia Mundial da Água. Dentre as várias justificativas apresentadas, a mais importante foi a categórica afirmação “Água é Patrimônio Universal”. Isto significa que é um recurso natural, do qual todos têm direito. Não pode ser privatizada e nem vendida.

É bom estarmos atentos porque, seguidamente, esta questão aparece na mídia ou em reuniões sociais. Se for privatizada, uma pessoa ou empresa será dona, com direito de explorá-la, como lhe convier. Não podemos ficar passivos diante desta situação; um meio eficiente de luta é a manifestação pública (passeatas). Neste sentido, as escolas são uma força ímpar de conscientização e mobilização.

Quando se paga a “taxa de água”, não é a compra dela, mas o custo dos serviços realizados na sua captação, no saneamento e outros.

Nesta mesma Conferência Eco-92, a ONU fez este alerta: a água pode faltar!

Hoje, a população mundial é de, aproximadamente, 7 bilhões de habitantes e, segundo estatísticas, em breve, serão 9 bilhões. Como alimentar tanta gente?!

A agricultura depende, diretamente, da água. Pesquisadores ambientalistas mostram os seguintes dados: de toda a água que existe, o ser humano gasta 10% do total; a indústria 20%, e os restantes 70% são utilizados na agricultura. Segundo eles, quando um pão francês chega ao consumidor, ele gastou 15 litros de água; a cada quilo de açúcar, 1.170 litros; para um quilo de queijo, 5.060 litros, e assim por diante.

Além disso, precisamos considerar que a água não é só utilizada pelo homem. Há outros seres vivos que têm o mesmo direito de usufruí-la.

Com tanta demanda, a irmã mãe “terra geme em dores de parto” (Rm 8,22) e anseia ser respeitada porque está “cansada” de produzir alimentos à base de agrotóxicos, e não mais por ela mesma, através de adubo orgânico.

Que perspectivas temos?! Que fazer?!


Dentre das mais diversas atitudes que podemos ter, duas estão ao nosso alcance. A primeira é economizar, desde escovar os dentes até o banho de chuveiro; se possível, utilizar água da chuva, captada em cisternas; manifestar-se, publicamente, contra a privatização porque, se isto acontecer, ela não será patrimônio de todos, mas daqueles que têm dinheiro e a compram; os pobres terão mais dificuldades.

A segunda atitude é tomarmos consciência que todo o ser vivo, inclusive a terra, necessita de água; sem ela, tudo fica seco e estéril. Igualmente, nós, se quisermos produzir frutos na vida (cf. Jo 15,1-6), precisamos estar unidos com a Fonte das fontes: “Minha alma tem sede de Deus, como terra sedenta e sem água” (Sl 63,2)

Frei Luiz Iakovacz

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